Seu sistema resolve? Só o produto não basta


Sistema e adoção




Opa! 🧢  

O produto foi entregue, mas não resolveu…

Como parte do meu trabalho, ajudo empresas a implantar sistemas prontos (de prateleira) ou  construir sistemas próprios para uso. Neste artigo, eles são os produtos. 

Pela experiência com gestão de projetos, digo que o produto não resolve sozinho: ele é apenas parte da solução!  É o produto e mais outras trezentas coisas que precisam ser feitas, aí vai dar certo. Por isso, você precisa entender bem o que é necessário para acontecer.


O que as pessoas buscam?


Os clientes querem saber o que precisam comprar ou construir para resolver o problema. O Gestor de Projeto (GP) atua diretamente na construção do projeto que faz dar certo. Ele, junto à equipe, deve dizer que, além do produto, é preciso disso, disso e disso, todo o conjunto para que, então, dê certo.

Em sistemas, isso significa que apenas disponibilizar o sistema não é suficiente. É necessário:

  • Que o João atualize o contato feito com o cliente todos os dias
  • Que a Maria preencha os dados do cadastro completos
  • Que a Cleuza lance os pedidos dentro da janela horária
  • Que a equipe ensine-os a usar (treinamento)
  • Acompanhamento (é diferente de “estar a disposição”)
  • Observar o que está funcionando e o que não funciona bem
  • Contornar as resistências
  • Comunicar
  • Entender o impacto em pessoas que sequer estão envolvidas diretamente com aquele produto e naquele projeto.

Múltiplos interesses no projeto

Entender a fundo o que o seu produto realmente vai resolver é fundamental. A questão é que nem sempre o que é esperado é explicitado, e pior, cada pessoa ou grupo tem suas próprias necessidades.

  • O que interessa para o usuário é o botão verde que vai facilitar o acesso aos pedidos e a integração com o ERP.
  • Quem paga quer saber quando e qual o retorno que o uso daquele produto trará.
  • Quem compra quer saber se não haverá “furo” na entrega.
  • Quem mantém o funcionamento quer saber se não dará trabalho.
  • A "turma que sabota" quer saber como ficará sua vida com a chegada daquele produto.

Esses interesses fazem parte do seu projeto e saber disso é importante para que tudo dê certo.

E então?

Felizmente, não existe uma receita de bolo para lidar com isso; cada projeto é único.

Coisas que podem ajudar:

  • Observe os lugares onde o uso daquele produto já dá certo e descubra por que está funcionando.
  • Estruture o escopo considerando não apenas a implantação, mas também o que é preciso para fazer dar certo.
  • Insira no projeto uma estrutura de Gestão de Mudanças, que tal o modelo ADKAR da Prosci.
  • Tenha conversas com boas perguntas junto às pessoas envolvidas e impactadas.
  • Entenda in loco (ou tenha alguém lá) para saber o que está acontecendo na vida real.
  • Observe cada pessoa envolvida no processo: o que interessa para ela?

Olhe para o produto! Olhe para o seu projeto!

Será que apenas ele resolve sozinho? O que precisa para dar certo?

Diga aí o que você percebeu que é essencial para o sucesso dos projetos e produtos na sua realidade?

Abraço!

Leandro | PMP | Gestor de Projetos e Portfólios em Tecnologia

Postagens mais visitadas deste blog

Não, eu te ligo! A Simples frase que devolve o controle da ação para você

Sempre Fechando: uma dica prática essencial para concluir seus projetos