Portfólio de projetos de TI: O guia prático da estruturação (Parte 2)
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No artigo anterior, demonstrei o primeiro passo para iniciar a estruturação de um Portfólio de Projetos de Tecnologia e estancar o caos das demandas em um PMO de baixa maturidade.
Se você perdeu essa parte, clique aqui e prepare-se para o primeiro passo.
O primeiro passo demonstrou que o ponto de partida é dar visibilidade das demandas, se você já tem uma dimensão do trabalho, siga em frente.
O Projeto da Área de Gerenciamento de Portfólio
É bem provável que, neste momento, você esteja com uma folha em branco e com a seguinte missão: “Estruture a área e me apresente um desenho de como ela vai funcionar”.Ao mesmo tempo que ter essa autonomia é boa, ter um escopo amplo e aberto pode deixá-lo perdido e sem saber por onde começar.
Se você está nessa situação, calma! Vou mostrar a visão do projeto que conduzi na ocasião e talvez possa dar uma direção com insights para continuar a sua jornada.

Quando olhamos a visão geral do projeto, pode assustar, mas calma, vamos quebrar os níveis e tudo vai se encaixar e fazer sentido.
Imagine sua EAP como o mapa detalhado de uma construção, onde cada pacote de trabalho é uma etapa essencial. Você pode baixar uma visão dessa EAP neste link! Compartilhe com seus colegas GPs!

Vou explicar o primeiro nível da estrutura analítica do projeto de estruturação do Portfólio que desenhei na época.
Uma visão geral do projeto

Quando olhamos a visão geral do projeto, pode assustar, mas calma, vamos quebrar os níveis e tudo vai se encaixar e fazer sentido.
Imagine sua EAP como o mapa detalhado de uma construção, onde cada pacote de trabalho é uma etapa essencial. Você pode baixar uma visão dessa EAP neste link! Compartilhe com seus colegas GPs!
Visão do primeiro nível

Vou explicar o primeiro nível da estrutura analítica do projeto de estruturação do Portfólio que desenhei na época.
A razão por trás desse modelo foi começar pelo serviço a ser prestado, no caso, o Gerenciamento de Portfólio de Projetos de Tecnologia.
Você começa estabelecendo o que vai resolver para a empresa, para quem o serviço será prestado, o resultado esperado e o que é valorizado por eles, a partir daí, o restante ficará mais fácil.
Com o serviço prestado definido, estruture a área a partir dos pilares: Processos, Pessoas e Tecnologia (Ferramentas). Você pode baixar uma visão dessa EAP neste link! Compartilhe com seus colegas GPs!
Agora você vai entender o que ficou em cada um dos níveis e em que eles serão desdobrados.
Com o serviço prestado definido, estruture a área a partir dos pilares: Processos, Pessoas e Tecnologia (Ferramentas). Você pode baixar uma visão dessa EAP neste link! Compartilhe com seus colegas GPs!
Agora você vai entender o que ficou em cada um dos níveis e em que eles serão desdobrados.
1. 2 Framework GPP:
Esse item de escopo refere-se ao modelo de trabalho que será adotado para fazer o serviço de gerenciamento do Portfólio de Projetos e está diretamente ligado ao pilar Processo. Aqui dentro entra o Manual/Metodologia de trabalho, Políticas e Orientações de como as coisas funcionam.Pelo cenário da minha empresa, propus iniciar com ensinamentos do método Kanban porque eu tinha a intenção de mexer o mínimo possível na forma como as coisas já aconteciam. Na ocasião, o método me ajudou a dar visibilidade e um pouco de organização ao que já funcionava nas áreas que interagiam com projetos.
1.3 Ferramentas:
Este item contempla as ferramentas de trabalho que apoiam os processos para prestar um ótimo serviço à empresa. Pense nelas como tecnologias que facilitam a gestão das tarefas, centralizam as informações da área e otimizam a nossa comunicação, permitindo que você e sua equipe organizem a gestão dos trabalhos.1.4 Templates:
Embora produzir modelos e templates para disponibilizar ao uso da empresa não fosse parte inicial dos objetivos do desenho da área, criamos alguns modelos para facilitar a adoção e uso pelo time de gerentes de projetos.1.5 Treinamentos:
Contempla os treinamentos, capacitações, repasses de conhecimento e toda forma possível de orientar e ensinar as pessoas quanto ao serviço, desde treinamentos formais a pequenas orientações no dia a dia que trazem o entendimento de como as coisas funcionam.1.6 Comunicação corporativa:
Quando se trata de criar uma nova unidade dentro da empresa, a comunicação é o elo mais importante (e desafiador) a se fazer.Mesmo que a nova área esteja dentro de uma diretoria específica, o impacto do projeto é corporativo.
Por isso, é essencial uma campanha de comunicação interna, alinhamentos entre áreas e ampla divulgação.
Vai por mim, após 1 ano de lançamento, ainda tínhamos muitas pessoas e áreas corporativas com desconhecimento acerca do serviço prestado. Quanto mais informados sobre a área, mais valorizada ela se torna.
1.7. Indicadores (KPI):
Ter indicadores-chave (KPIs) pode começar simples, mas é essencial para você enxergar gaps e pontos de melhorias em seu fluxo, serviço e, consequentemente, nos resultados do seu trabalho.É essencial que comece a mensurar os dados logo que começar a rodar o processo.
1.8 Equipe:
Começar uma área sem equipe é mais comum do que imagina. No início, é provável que assuma o papel de Gestor de Portfólio, Projetos e cuidar das Rotinas Operacionais da área.Com os dados dos projetos que você agora enxerga (primeiro passo), liste e faça uma projeção de esforço de trabalho necessário.
Você pode propor a composição do seu time fundamentado nesses dados e estimativas.
Mostre a situação atual, a relação de projetos em execução com seus benefícios e custos.
Mostre a situação atual, a relação de projetos em execução com seus benefícios e custos.
Use os investimentos dos projetos para recrutar pessoas para a sua área, use agentes de IA ou Robôs personalizados para serem seu braço.
1.8 Rotina operacional:
Compreende o mapa de atividade das rotinas da área.É importante mapear os processos e atividades da área para entender os limites e capacidades de atendimento.
Essa relação ajuda no momento de onboarding de novos GPs, facilita a comunicação com as demais equipes e, principalmente, organiza a casa.
Conclusão
Agora você tem uma visão do primeiro nível do trabalho necessário para estrutrar uma área de Portfólio de Projetos.Sua folha não está mais “em branco”. Siga a partir deste modelo.
Felizmente, a visão não é uma receita de bolo na qual você vai copiar e colar ou simplesmente replicar no seu contexto. Sim, é preciso pensar se cada parte faz sentido para o seu contexto e adicionar ou remover componentes.
Felizmente, a visão não é uma receita de bolo na qual você vai copiar e colar ou simplesmente replicar no seu contexto. Sim, é preciso pensar se cada parte faz sentido para o seu contexto e adicionar ou remover componentes.
Contudo, a estrutura base não foge da visão apresentada, use esse norte para suas ações.
Esses são alguns benefícios que sentimos com a realização deste trabalho:
- Visibilidade do tamanho do trabalho;
- Facilidade de saber o status das ações;
- Redução da ansiedade ao visualizar o mapa da área ampliado;
- Material de consulta para dúvidas;
- Uso em treinamentos e onboarding;
- Organização com local para centralizar, consultar e reportar projetos.
Se você está aqui pela primeira vez, sugiro que comece por esse artigo.
Comenta aqui embaixo se essa estrutura de projeto fez sentido no seu contexto! 👇
Um abraço! ✋
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